Situação só piorou

A dispersão de refugiados pelo mundo acentuou-se nos últimos dois anos, a ponto de se tornar um dos mais graves problemas sociais enfrentados pelos países centrais. Eles chegam aos montes, nas fronteiras da Europa.

Poucos imaginavam que esse efeito colateral da guerra síria abalaria a estabilidade das grandes nações mundiais e as fariam pensar nos custos/ benefícios que supostamente essa guerra tem.
Memórias de uma época - II

20091229

Personalidades da década

Com charme e habilidade política, baixa inflação e programas de transferência de renda eficientes Lula da Silva tornou-se o líder mais popular da história do Brasil


Entre as 50 personalidades que moldaram a última década, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escolhido pelo jornal britânico Financial Times (FT) por ser "o líder mais popular da história do Brasil", destacou-se entre as personalidades políticas mais influentes da década, entre as quais estão o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama; a chanceler alemã Angela Merkel; o ex-presidente e atual primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin; o presidente da China, Hu Jintao e o presidente do Irã, Mahmoud Ahamadinejad (imagens nesta sequência).



A matéria do FT, assim se referiu ao presidente Lula da Silva:
"Charme e habilidade política sem dúvida contribuem [para sua popularidade], assim como a baixa inflação e programas de transferência de renda baratos, mas eficientes" (...) Muitos, inclusive o FMI, esperam que o Brasil se torne a quinta maior economia do mundo até 2020, trazendo uma mudança duradoura na ordem mundial."
No rol das personalidades da década também se destacam os empresários Larry Page e Sergey Brin, do Google; Jeff Bezos, da loja virtual Amazon; Steve Jobs, da Apple; Jack Dorsey, Biz Stone e Evan Williams, do Twitter; Meg Whitman, do eBay; e Mark Zuckerberg, do Facebook (imagens nesta sequência), que refletem o crescimento e o fortalecimento da internet e das novas tecnologias.



Destacaram-se ainda, pelo mérito pessoal de terem se tornado ícones mundiais em suas áreas, a escritora JK Rowling, autora dos livros do personagem Harry Potter; o produtor de TV John De Mol, criador da fórmula do Big Brother; os astros da música Beyoncé e Jay-Z; a apresentadora americana Oprah Winfrey; o diretor japonês de desenhos animados Hayao Miyazaki; e o jogador de golfe Tiger Woods (imagens nesta sequência).



Entre as personalidades da década, entretanto, estavam "alguns vilões" (assim chamados pelo jornal londrino) que acabaram por determinar o curso da história destes últimos dez anos, como o líder da rede Al-Qaeda, Osama Bin Laden, e o ex-presidente americano George W. Bush.

~! [+] !~

20091225

Ritual de crueldade e medo

Espetar agulhas no corpo de crianças: ritual satânico híbrido ou crime passional? Mistério a ser desvendado.

Um ritual com agulhas, que não é de candomblé e nem de vudu, podendo ser uma modalidade de magia negra cujo “serviço” incluiria elementos do vodu (agulhas e bonecos) e de ritos afro e católicos. Mas também pode ser apenas um meio místico de causar medo e sofrimento em outra pessoa por motivos sentimentais e familiares.

Uma mulher de 42 anos (com 12 agulhas dentro de seu corpo, há pelo menos dois anos) é o terceiro caso semelhante tornado público no Brasil nas últimas semanas. Antes dela, médicos identificaram objetos metálicos pontiagudos em dois meninos, um, com dois anos e meio de idade, na Bahia (cerca de 50 agulhas) e outro de cinco anos, no Maranhão (com sete agulhas), todos com um histórico parecido (vítimas de brigas de casais) e motivos, aparentemente, diferentes.

No caso da mulher de Santa Maria (RS): “Ele disse que queria me ver aleijada, em uma cadeira de rodas, para ficar dependente dele”.

Quanto ao menino de Ibotirama (Bahia), segundo o delegado Helder Santos, o padrasto fez com o objetivo de “matar a criança como forma de vingança, pelo fato de brigar muito com a companheira, que é mãe da criança'.



No caso da criança de São Vicente Férrer (Maranhão), ainda não se sabe, mas se espera que o pai revele os motivos, por ser apontado como praticante de magia negra (aliás, muito comum naquela região do Maranhão).



Um ritual satânico

Os rituais também apresentam algumas semelhanças, segundo as descrições fornecidas pelos suspeitos e a vítima adulta: “As agulhas fariam parte de um ritual de magia negra. Ele contou que me dopava”, disse a vítima de Santa Maria (RS).

Segundo o padrasto do menino de Ibotirama (BA), as agulhas de costura, compradas na cidade, eram entregues à sua amante, Angelina, que, por sua vez, levava o material para ser “benzido” por uma mãe-de-santo, Bia (Maria dos Anjos Santos), que teve a idéia do trabalho: “Bia trabalhava com os caboclos, com os orixás, para poder fazer isso. Era ela quem preparava o vinho para dopar o menino”.

As agulhas eram inseridas na criança na casa de Angelina, para onde o suspeito o levava quando os filhos e netos desta não estavam. Ali, depois de fazer o menino beber água e vinho, ela incorporava uma entidade que orientava a ação de espetar as agulhas. Segundo o padrasto, o ritual aconteceu várias vezes durante um mês e, em cada sessão, de três a quatro agulhas eram colocadas no corpo do menino. Apesar de embriagada, a criança ficava acordada durante todo o ritual, chorava muito e reclamava.
“Foi um sofrimento brabo mesmo. Era para atingir a mãe do menino. Angelina ficava ali junto, segurando no menino, para eu poder colocar as agulhas. Eu achava que as agulhas iam caminhar pelo corpo para matar o menino”.
Crueldade e medo

Para o antropólogo Cláudio Luiz Pereira (2009), da Universidade Federal da Bahia, que estuda casos de sacrifícios envolvendo crianças em rituais, o menino de Ibotirama (BA) não foi vítima de um rito religioso, mas possivelmente de um crime passional. Explica que é preciso cuidado ao relacionar o crime a rituais, pois estes envolvem técnicas e meios para se obter um fim e contam sempre com um sacrificante (filhos dados como oferenda, por exemplo) e os sacrificadores (executores), o que no presente caso, não está evidente: “O que parece é que a crueldade foi motivada pela honra, como consequência de dor de amor de alguém que passava por sofrimento psíquico.”


Para Pereira, houve um esforço dos suspeitos para caracterizar a ação como um ritual. No entanto, os elementos usados parecem “aleatórios”, segundo ele, já que misturavam agulhas – 'ferramenta’ do vodu, usada para espetar bonecos similares à “vítima” – com vinho e água benta, elementos do catolicismo, e entidades do candomblé, de origem afro. O pesquisador não encontrou nem um sentido de punição da criança como se ela simbolizasse à figura da mãe, o que corresponderia a uma forma de vudu.

Esta informação de Etcetra (sic) é muito pertinente também:
Pesquisas realizadas na área de antropologia revelam que, além de provocar um estado de completa passividade, o medo pode causar uma reação orgânica capaz de levar o individuo à morte. Isso explicaria o sucesso alcançado por praticantes de vodu e magia negra, que através da feitiçaria chegaram a matar vítimas.

Os antropólogos que estudam os costumes de culturas primitivas narram certas práticas disseminadas entre alguns povos - muitas delas ainda em uso - que chegam a horrorizar não só por envolverem morte e violência, mas principalmente por se mostrarem inexplicáveis. No entanto, depois de estudos mais atentos, os pesquisadores descobriram que por trás de muitos fatos aparentemente estranhos, provocados por magia ou vodu, existem causas nada mágicas, que hoje já podem ser desvendadas pela ciência. Ao que tudo indica, o medo por parte das vitimas está na base dos ataques bem-sucedidos de feitiçaria. (Portal das Curiosidades)
Sobre agulhas pelo corpo, uma matéria publicada pela Revista da Fraternidade (vol 2. n. 1, 1969), dedicada ao espiritismo, relata o caso de uma senhora de 45 anos, pobre, espírita, moradora da periferia de Lorena (São Paulo), que vivia com mais de 60 agulhas no corpo, que ela não sabia de onde teriam vindas.
Dizendo que vive normalmente, porém sentindo as agulhas dentro do seu corpo, dona Lucrécia fala como se o fenômeno fosse a coisa mais normal. Desde a idade dos quinze anos, sente a presença desses objetos e que já houve época em que foram tiradas sessenta agulhas num só dia (Fraternidade).
► Saiba mais sobre este caso em Relax Mental, que traz também algumas explicações espíritas para tema.

Dentro dessa visão, de que espetar agulhas no corpo pode não ser rito de magia negra, vudu, candomblé ou espiritismo existe outro caso tratado, este, em 2007, no Sul da China - Kunming, província de Yunnan -
onde uma mulher (desde o nascimento) vivia a 29 anos com 23 agulhas no corpo, localizadas no abdômen, pulmões, bexiga e rins.

Segundo os médicos que trataram dela, o motivo foi provavelmente os avós da paciente, que não queriam meninas em casa e por isso tentaram eliminá-la. Apesar de ter sobrevivido aos 23 atentados, sua vida não era fácil; sofria de ansiedade e depressão, era incapaz de realizar esforços físicos e sofria de insônia.

► A matéria jornalística sobre Luo Cuifen ainda está no Portal Terra

~! [+] !~

20091224

Aquecimento urbano no verão

Superaquecimento das cidades já é uma realidade inquestionável que atinge crianças idosos e pobres nas metrópoles americanas.

O aquecimento global pode atingir as grandes cidades com ondas de calor, elevando os riscos para a população de baixa renda, idosos e crianças durante o verão. Esta constatação faz parte do relatório divulgado pela Federação Nacional da Vida Selvagem (dos Estados Unidos).

O relatório aponta um aumento significativo do número de dias em que as temperaturas superam 37.8 C. Constata, ainda, que as áreas urbanas cobertas de asfalto e concreto, chegam a ficar com temperaturas 10 graus mais elevadas do que as áreas rurais.

O relatório cita inúmeros riscos à saúde associados a altas temperaturas.As ondas de calor podem ser fatais, devido à insolação, e podem agravar problemas de saúde já existentes, deixando os idosos ainda mais vulneráveis e sujeitos a ataques cardíacos, derrames e asma. As crianças também enfrentam altos riscos, conforme explica a climatologista Amanda Staudt:
O aumento da poluição do ar, que normalmente acompanha as ondas de calor, pode prejudicar as crianças, que sofrem mais riscos de sofrer de asma, pois ainda estão desenvolvendo seus pulmões e geralmente se expõem mais, pois respiram com ritmo mais acelerado do que os adultos e passam mais tempo ao ar livre.
O relatório aponta 30 cidades que enfrentam riscos de saúde provenientes das ondas de calor e que são agravados pelo aquecimento global, com base em quatro fatores: média de dias de “calor opressivo” no verão, índice de residências sem ar condicionado, nível de ozônio terrestre e índice de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza. Entre as cidades que apresentam maior risco estão Boston, Houston, Phoenix, Nova York e Los Angeles.

O relatório também adverte sobre a possível extinção de toda a vida selvagem e sobre os riscos para as plantações, insistindo na redução em 80% da emissão de poluentes até 2050, uma meta coerente com legislações climáticas que tramitam no Congresso americano.

O relatório exige medidas específicas para tornar as cidades “mais verdes e frias”, instalando telhados de cores claras, que refletem a luz e ajudam a reduzir o efeito da “ilha de calor urbano”, assim como mais parques, árvores e “telhados verdes”.

É recomendado também que as cidades estejam mais preparadas para as ondas de calor, melhorando o atendimento aos idosos, moradores de rua, pobres e crianças.

O relatório pede avanços na gestão e restauração de hábitat da vida selvagem, ajudando a proteger as espécies do calor, sugerindo a implementação de um sombreamento de riachos pela vegetação ciliar, ajudando a manter as águas frias e a proteger os peixes.

~! [+] !~

20091215

Portas abertas ao abuso de drogas

O uso de maconha não é o único fator de risco para adolescentes ingressarem no mundo das drogas. Aspectos ambientais e familiares são mais importantes.


A maconha não é uma porta de entrada pela qual se pode predizer um eventual abuso de drogas, segundo um longo estudo de Ralph Tarter e cols., do University of Pittsburgh Medical Center, com base no período de 1997-2009, publicado pelo American Journal of Psychiatry (Dez. 2009).

Os resultados da investigação põem em questão a filosofia básica dos esforços de prevenção e de políticas públicas, praticados nas últimas seis décadas, causa de muitos pais entrarem pânico ao descobrir uma bucha ou um cigarro de maconha no quarto do filho.

Tarter e cols. (2009) acompanharam 214 meninos com idades entre 10 e 12, os quais, eventualmente, usaram drogas (legais ou ilegais). Quando os meninos atingiram a idade de 22 anos, eles foram divididos e avaliados em três grupos: 1) os que usavam apenas álcool ou tabaco; 2) os que começaram com álcool e tabaco e depois começaram a fumar maconha (seqüência de entrada); e 3) aqueles que usavam maconha antes do álcool ou tabaco (seqüência reversa).

A pesquisa revelou que a maioria das pessoas avaliadas (63,2%) não eram mais propensas ao uso de substâncias psicoativas do que aquelas que seguiram a sucessão tradicional do álcool e tabaco antes da droga ilícita. Quase um quarto (23,7%) da população estudada usaram drogas lícitas e ilícitas em algum momento; e apenas 13,1% exibiram o padrão reverso do uso da maconha antes do álcool e/ou tabaco.
"O acesso progressivo à maconha pode ser o padrão mais comum, mas, certamente, não é a única ordem no uso de drogas. Na verdade, o padrão reverso é uma imposição forçada para se prever o risco de desenvolver dependência de drogas" (Tarter e cols., 2009).

Nesse estudo, além de testar a hipótese de uso da maconha (gateway) como preditor para o abuso de drogas (que não ficou totalmente confirmada), os pesquisadores procuraram identificar algumas características que distinguem os usuários do Grupo 2 (Sequência de entrada: álcool - tabaco - maconha). Das 35 variáveis examinadas, apenas três surgiram como fatores diferenciadores:

Os usuários em sequência reversa (maconha- álcool – tabaco) tinham vividos em bairros periféricos (em ambientes pobres), estavam mais expostos às drogas (na vizinhança) e não tinham muita atenção dos pais na infância. Ficou evidente, no estudo, uma tendência geral para o desvio de conduta ou comportamento criminoso, fortemente associada a todas as drogas ilícitas, desde a infância - quer se trate da seqüência de entrada ou reversa.

Enquanto a “teoria do gateway” postula que cada tipo de droga está associado a certos fatores de risco específicos, causadores de abusos de drogas subseqüentes, os resultados do estudo de Tarter e cols. (2009) sugerem que os aspectos ambientais influenciam fortemente sobre o tipo de substância a ser utilizada. Ou seja, “se for mais fácil para um adolescente fumar maconha do que tomar cerveja, então ele vai ser mais propenso a fumar maconha”.

Esta evidência conhecida como o “modelo de responsabilidade comum” é uma teoria emergente, segundo a qual a probabilidade de alguém fazer a transição para o uso de drogas não é determinada pelo uso anterior de uma determinada droga, mas sim por tendências individuais do usuário e as circunstâncias ambientais.
"A ênfase sobre as drogas em si, ao invés de outros fatores mais importantes que moldam o comportamento de uma pessoa, tem sido prejudicial para a política de drogas e programas de prevenção. Para se tornar mais eficazes os nossos esforços para combater o abuso de drogas, deveríamos dar mais atenção às intervenções que abordam estas questões, sobretudo para as competências parentais que moldam o comportamento da criança, bem como pelas pessoas e ambientes de vizinhança" (Tarter e cols., 2009).
Segundo o estudo, intervenções focalizando mudanças de comportamento podem ser mais eficazes do que as táticas de prevenção anti-drogas tradicionais. Por exemplo, fornecendo orientações para os pais - em especial àqueles em bairros de alto risco – para estimular e impulsionar suas habilidades de cuidar melhor dos filhos, poderia ter um efeito mensurável sobre a probabilidade de uma criança fumar maconha. Além disso, a identificação precoce de crianças que apresentam tendências anti-sociais poderiam permitir intervenções antes mesmo de começar o uso de drogas.

Apesar desta pesquisa ter implicações significativas nas abordagens de prevenção do abuso de drogas, observam Tarter e cols. (2009) que o estudo tem algumas limitações, pois foram estudadas apenas pessoas do sexo masculino e não foram feitas análises de comportamentos em face do consumo de álcool, tabaco e maconha.

Em entrevista a Dev Meyers para o site Examiner.com, o Dr. Tarter (2009) informou que acompanha 775 famílias desde 1990, encontrando fatores ambienhtais e familiares que levam algumas crianças a usar drogas e desenvolver certos vícios. “Em algum lugar ao longo do caminho do desenvolvimento da infância até a idade adulta, uma determinada percentagem de crianças podem desenvolver um vício".

~! [+] !~

A tática empresarial do perdão planejado

A estratégia funciona mesmo que o destinatário do pedido de desculpas não o receba da pessoa que fez o agravo. Pode até ser alguém contratado para função.

Sobre as influências da psiquê na cura de doenças, especialmente do câncer, a abordagem do psicólogo Alex Loyd (2009), em seu Códigos Curativos (The Healing Codes) parece oportuna. Para ele, todo problema de saúde está relacionado com a negação de perdão, entendimento sustentado também pelo oncologista Ben Johnson, que pesquisou o tema junto a religiosos e profissionais de saúde de várias áreas.

A conclusão foi que a maioria dos problemas de saúde e as respectivas soluções encontram-se “nos assuntos do coração” e nos seus respectivos “códigos de cura” bloqueados. Os assuntos referem-se às mentes inconsciente e consciente, crenças, emoções, pensamentos e memórias celulares. Os códigos vinculam-se ao perdão, às ações saudáveis, à mudança de crença, e bem assim, às virtudes do amor, da alegria, da paz, da paciência, da elegância, da modéstia e do auto-controle.

Em outro estudo, no campo empresarial, realizado pelo Centre for Decision Research and Experimental Economics (CeDEx) da Universidade de Nottingham (Reino Unido), a tática de pedir perdão foi o tema central da pesquisa. A questão era saber se os clientes decepcionados com os serviços de alguma empresa continuavam sendo clientes após ter recebido desculpas pelos problemas causados. Constatou-se que as empresas que simplesmente pedem desculpas aos clientes descontentes estão melhor posicionadas do que aquelas que oferecem uma compensação econômica por seus erros.

Para o professor Johannes Abeler (2009), um dos autores do estudo, especialista em comportamento econômico, o resultado prova que as desculpas são duplamente importantes, porque são eficientes e baratas. O pedido de perdão provoca no cliente o instinto de perdoar que é difícil de controlar racionalmente.

Uma explicação para esse fato pode estar numa das hipóteses de Dov Seidman (autor do livro “How”), segundo a qual para que um negócio triunfe, sua estratégia deve começar por embasar-se em valores e significados. As empresas que triunfam são aquelas que mais integram valores em suas condutas cotidianas e o perdão é um desses.

Vídeo montado por GarboLemos (2007) com textos espíritas, apresentados por autor desconhecido e imagens de várias fontes, para reflexão sobre a compreensão, o amor ao próximo e o perdão.

Conheça mais sobre as vantagens e significados do perdão em Testando assuntos do coração.

~! [+] !~

20091023

Lider evoluiu, liderado não

O cérebro humano evoluiu porém mantendo as características de submissão de outras espécies.

Cientistas que analisam a evolução da liderança humana, estão chegando à conclusão de que, mesmo com o cérebro evoluído, a liderança humana não evoluiu da mesma forma. Tanto a atitude de liderar como a de submissão a um líder não são atributos exclusivos do ser humano.

A evolução do cérebro humano propiciou a aparição de formas mais complexas de organização social, mas na hora de eleger um líder, as decisões conservam traços do passado evolutivo. Talvez seja por isso que, na hora de se escolher alguém, sempre são levados em conta a idade, o sexo, a altura ou o peso dos candidatos.

A combinação de observações empíricas, modelos teóricos, neurociência, psicologia experimental e genética tem permitido explorar o desenvolvimento e as funções adaptativas de ambas as funções sociais.

Protótipos ancestrais

Mark van Vugt (2009), do Instituto de Antropología Cognitiva e Evolutiva da Universidade de Oxford, afirma que, na hora de votar, por exemplo, as pessoas encontram-se condicionadas por protótipos ancestrais de liderança, que se ativam em razão do contexto. Assim, se a situação é de "guerra", nos votantes, produzir-se-á a busca de um prototipo concreto, o do líder masculino e forte.

Andrew King (2009), da Zoological Society of London, discute que a evolução da espécie humana estabeleceu princípios de liderança e submissão durante vários milhões de anos e que guarda certas características animais, porém aprimoradas.

A liderança obteve uma grande importância na evolução humana, pois os líderes não só promovem as ações do grupo, mas também motivam, planejam, organizam, dirigem e contolam seus atos. E isso tem acontecido mais ou menos de forma democrática ou despótica, em pequenos ou grandes grupos, e apesar das coincidências filogenéticas entre humanos e não-humanos, a expansão do cérebro humano deu lugar a formas de liderança únicas nesta espécie (King, 2009).

Os resultados das análises de Dominic Johnson (2009), do Departamento de Política e Relações Internacionais da Universidade de Edimburgo, que combinam idéias das ciências naturais e das ciências sociais, sugerem que a liderança e a submissão nos humanos compartilha características de outras espécies, ambas com uma mesma origem evolutiva.

Em artigo da revista científica Current Biology, os citados cientistas comparam a liderança humana com a animal e concluem que uma das chaves universais de emergência de liderança e da submissão é a necessidade de coordenação. Assim, nas espécies em que aos indivíduos seja mais conveniente atuar e mover-se em grupo (principalmente em consequência de pressões sociais e ambientais), tendem a aparacer padrões de liderança e de submissão. Nestas situações, qualquer característica física ou comportamental que incremente a propensão de um determinado indivíduo a "ir em frente" é o que faz com ele se destaque como líder e que os demais tenham de segui-lo.


Características animais

Concretamente, em todas as espécies, os indivíduos mais propícios a converter-se em líderes são os que apresentam características morfológicas, fisiológicas ou de comportamento que lhes leva a atuar em primeiro lugar e a coordenar determinadas situações.

Uma das características é a motivação. Aqueles indivíduos que mais necessitam de um recurso particular são mais propensos a converter-se em líderes. Esse fenômeno foi observado tanto em peixes, como em zebras ou lêmures famintos. Quando sentiam fome, dirigiam-se a determinados locais, no que era seguido pelos demais.

Sucede o mesmo com os humanos: qualquer um que tenha maior incentivo para atuar, maior motivação, serão mais propícios a se transformar em líderes.

O temperamento é outra característica determinante da liderança, tanto em animais como em humanos. Em humanos, a extroversão está mais relacionada com a emergência da liderança do que a introversão.

Por outro lado, o líder também pode ser o mais dominante. Entre as espécies que formam sociedades hierárquicas (gorilas, lobos e grupos humanos que se valorizam em função de estatutos sociais) é muito comum os indivíduos dominantes assumirem o papel de chefe.

Para van Vugt, King e Jonson (2009), o fato de os homens obterem, em testes psicológicos, uma pontuação mais alta que as mulheres, nas avaliações de dominância e autoconfiança, poderia ajudar a explicar por que hoje em dia a liderança masculina continua sendo a regra na sociedade contemporânea.

Por fim, o conhecimento ou o grau de experiência são características que propiciam ao individuo tornar-se líder e atrair seguidores. Isso ocorre com os urubus, corvos, com certos tipos de peixes e com humanos.

Evolução da liderança humana

Segundo a literatura, existem, pelo menos, cinco etapas evolutivas na liderança humana:

1) emerge em espécies pré-humanas como mecanismo para resolver problemas simples de coordenação grupal;

2) utilizada para organizar ações coletivas em situações conflitivas (por exemplo, para manter a paz dentro de um grupo e assegurar sua unidade);

3) atenuada, nas antigas sociedades humanas igualitárias, propiciando a aparição de liderança baseada na democracia e no prestígio dos líderes, cuja finalidade era facilitar a coordenação do grupo;

4) o incremento dos mecanismos cognitivos dos gruposs sociais humanos, gerou para os líderes novas oportunidades de atrair seguidores mediante a manipulação e a persuasão (graças às teorias da mente e da linguagem);

5) o incremento da complexidade social das sociedades que se produziu atrás da revolução agrícola gerou aa necessidade de líderes mais poderosos e formais que questionaram dita complexidade, em nível interno e externo. Estes líderes são mais valorizados na medida que proporcionam serviços públicos importantes e pior valorizado se abusam das suas posições políticas, exercendo domínio exagerado sobre seus seguidores.

Conclusão

Destas informações, deduz-se que evolução cerebral permitiu superar e aprimorar as características de liderança herdadas dos não-humanos, mas não as características dos liderados ou submissos, vítimas das quarta e quinta etapas evolutivas da evolução da liderança. O que pode explicar porque a grande maioria ainda escolhe mal seus líderes(governantes) e sofrem com os desmandos, reagindo como animais na escolha de seus líderes, pelo que aparentam ser, na hora da necessidade ou da dificuldade. E isso, às mais das veses, inconscientemente.

[The Origins and Evolution of Leadership. Current Biology. Vol. 19, Issue 19, 13/10/2009, Pages R911-R916].

~! [+] !~

20091007

Candidatas ao Miss Minas Gerais

Para a Miss Divinópolis, Débora Lyra, de 20 anos, ficou a responsabilidade de atingir a expectativa de trazer pela segunda vez consecutiva o título para a cidade.

Na intimidade dos camarins


Divinópolis, a 120 quilômetros de Belo Horizonte, no Centro-Oeste de Minas, parou para admirar a beleza das 29 candidatas ao título de Miss Minas Gerais 2010, que chegaram nessa quarta-feira à cidade. As belas arrancaram suspiros por onde passaram. Enquanto os homens aproveitavam para ver de perto as mulheres mais bonitas do estado, o público feminino especulava quais seriam os truques de beleza das misses.
As candidatas chegaram por volta das 17h. Apesar de concorrentes, o clima entre elas era de amizade. Logo que chegaram ao hotel, receberam faixas e sandálias que, acessórios que terão de usar nos próximos dias.

Representante de Santa Vitória, Rosana Franco, de 21 anos, já é veterana no concurso. Ela participou do último Miss Minas Gerais e acredita que a experiência vai garantir uma performance mais confiante, o que pode ser considerado como vantagem. “Durante o ano, preparei-me bastante e me sinto bem mais confiante do que no ano passado. Participar uma vez é uma oportunidade maravilhosa, duas, então! Uma coisa não mudou: o frio na barriga é o mesmo”, diz.

No caso da representante de Araguari, Camila Haut, de 18 anos, experiência não está no currículo. A bela participa pela primeira vez do certame e, apesar da ansiedade, acredita que dedicação será a principal arma para vencer o desafio. “Trabalho como modelo desde os 13 anos, mas essa é a primeira vez que participo de um concurso. Me preparei muito para estar aqui e, conhecendo as outras meninas, vejo que Minas estará bem representada, independente do resultado”, afirma.

Para a Miss Divinópolis, Débora Lyra, de 20 anos, ficou a responsabilidade de atingir a expectativa de trazer pela segunda vez consecutiva o título para a cidade. Para isso, ela pretende seguir os passos de Rayanne Morais, representante do município em 2008 que levou o título de Miss Minas Gerais e ficou em segundo lugar no Miss Brasil. “Participo de concursos de beleza desde os 12 anos e estou muito animada. Darei o melhor de mim para representar Divinópolis, assim como Rayanne fez”, explicou.


Matéria de Simone Lima/Estado de Minas - Foto de Nando Oliveira

~! [+] !~

20091006

Na 92a. DP o sistema é bruto

A Secretaria de Estado da Segurança diz não saber da "propaganda" do delegado e afirmou que vai avaliar o caso.

Com pinta de caubói, o delegado titular do 92º DP, Carlos Alberto Delaye, 62, divulga a delegacia em rótulos de bebidas como cachaça e vinho. As garrafas levam o número "92", da delegacia do Parque Santo Antonio (zona sul de São Paulo), e a foto dele, vestido ao estilo dos faroestes. As bebidas são distribuídas aos amigos.
Delegado Carlos Alberto Delaye
No rótulo, a mensagem: "Aqui o sistema é bruto", que ele tirou da Festa do Peão de Barretos e que diz ter a ver com seu trabalho.

O delegado tirou a foto como caubói em um parque. A imagem, depois, foi impressa por um amigo de uma gráfica, como um presente, em garrafas, e ele resolveu distribuir.

A Secretaria de Estado da Segurança diz não saber da "propaganda" do delegado e afirmou que vai avaliar o caso.

Casado sete vezes, o policial também encontrou tempo para se dedicar à composição de músicas sertanejas. A dupla de Rondônia Júlio e Sérgio, que foi apadrinhada pelo delegado, traz na faixa três do CD o título "Nosso Amor É Coisa Louca", primeira composição gravada de uma série que ele diz que pretende emplacar.

"Só componho. Não canto nem moça bonita", afirmou o delegado.


Foto de Fábio Braga/Folha Imagem

~! [+] !~

  © The Professional Template desenhado por Ourblogtemplates.com 2008 e adaptado por Flávio Flora 2009

Voltar ao TOPO