Situação só piorou

A dispersão de refugiados pelo mundo acentuou-se nos últimos dois anos, a ponto de se tornar um dos mais graves problemas sociais enfrentados pelos países centrais. Eles chegam aos montes, nas fronteiras da Europa.

Poucos imaginavam que esse efeito colateral da guerra síria abalaria a estabilidade das grandes nações mundiais e as fariam pensar nos custos/ benefícios que supostamente essa guerra tem.
Memórias de uma época - II

20091224

Aquecimento urbano no verão

Superaquecimento das cidades já é uma realidade inquestionável que atinge crianças idosos e pobres nas metrópoles americanas.

O aquecimento global pode atingir as grandes cidades com ondas de calor, elevando os riscos para a população de baixa renda, idosos e crianças durante o verão. Esta constatação faz parte do relatório divulgado pela Federação Nacional da Vida Selvagem (dos Estados Unidos).

O relatório aponta um aumento significativo do número de dias em que as temperaturas superam 37.8 C. Constata, ainda, que as áreas urbanas cobertas de asfalto e concreto, chegam a ficar com temperaturas 10 graus mais elevadas do que as áreas rurais.

O relatório cita inúmeros riscos à saúde associados a altas temperaturas.As ondas de calor podem ser fatais, devido à insolação, e podem agravar problemas de saúde já existentes, deixando os idosos ainda mais vulneráveis e sujeitos a ataques cardíacos, derrames e asma. As crianças também enfrentam altos riscos, conforme explica a climatologista Amanda Staudt:
O aumento da poluição do ar, que normalmente acompanha as ondas de calor, pode prejudicar as crianças, que sofrem mais riscos de sofrer de asma, pois ainda estão desenvolvendo seus pulmões e geralmente se expõem mais, pois respiram com ritmo mais acelerado do que os adultos e passam mais tempo ao ar livre.
O relatório aponta 30 cidades que enfrentam riscos de saúde provenientes das ondas de calor e que são agravados pelo aquecimento global, com base em quatro fatores: média de dias de “calor opressivo” no verão, índice de residências sem ar condicionado, nível de ozônio terrestre e índice de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza. Entre as cidades que apresentam maior risco estão Boston, Houston, Phoenix, Nova York e Los Angeles.

O relatório também adverte sobre a possível extinção de toda a vida selvagem e sobre os riscos para as plantações, insistindo na redução em 80% da emissão de poluentes até 2050, uma meta coerente com legislações climáticas que tramitam no Congresso americano.

O relatório exige medidas específicas para tornar as cidades “mais verdes e frias”, instalando telhados de cores claras, que refletem a luz e ajudam a reduzir o efeito da “ilha de calor urbano”, assim como mais parques, árvores e “telhados verdes”.

É recomendado também que as cidades estejam mais preparadas para as ondas de calor, melhorando o atendimento aos idosos, moradores de rua, pobres e crianças.

O relatório pede avanços na gestão e restauração de hábitat da vida selvagem, ajudando a proteger as espécies do calor, sugerindo a implementação de um sombreamento de riachos pela vegetação ciliar, ajudando a manter as águas frias e a proteger os peixes.

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