Aquecimento urbano no verão
Superaquecimento das cidades já é uma realidade inquestionável que atinge crianças idosos e pobres nas metrópoles americanas.
O aquecimento global pode atingir as grandes cidades com ondas de calor, elevando os riscos para a população de baixa renda, idosos e crianças durante o verão. Esta constatação faz parte do relatório divulgado pela Federação Nacional da Vida Selvagem (dos Estados Unidos).
O relatório aponta um aumento significativo do número de dias em que as temperaturas superam 37.8 C. Constata, ainda, que as áreas urbanas cobertas de asfalto e concreto, chegam a ficar com temperaturas 10 graus mais elevadas do que as áreas rurais.
O relatório cita inúmeros riscos à saúde associados a altas temperaturas.As ondas de calor podem ser fatais, devido à insolação, e podem agravar problemas de saúde já existentes, deixando os idosos ainda mais vulneráveis e sujeitos a ataques cardíacos, derrames e asma. As crianças também enfrentam altos riscos, conforme explica a climatologista Amanda Staudt:
O aumento da poluição do ar, que normalmente acompanha as ondas de calor, pode prejudicar as crianças, que sofrem mais riscos de sofrer de asma, pois ainda estão desenvolvendo seus pulmões e geralmente se expõem mais, pois respiram com ritmo mais acelerado do que os adultos e passam mais tempo ao ar livre.O relatório aponta 30 cidades que enfrentam riscos de saúde provenientes das ondas de calor e que são agravados pelo aquecimento global, com base em quatro fatores: média de dias de “calor opressivo” no verão, índice de residências sem ar condicionado, nível de ozônio terrestre e índice de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza. Entre as cidades que apresentam maior risco estão Boston, Houston, Phoenix, Nova York e Los Angeles.
O relatório também adverte sobre a possível extinção de toda a vida selvagem e sobre os riscos para as plantações, insistindo na redução em 80% da emissão de poluentes até 2050, uma meta coerente com legislações climáticas que tramitam no Congresso americano.
O relatório exige medidas específicas para tornar as cidades “mais verdes e frias”, instalando telhados de cores claras, que refletem a luz e ajudam a reduzir o efeito da “ilha de calor urbano”, assim como mais parques, árvores e “telhados verdes”.
É recomendado também que as cidades estejam mais preparadas para as ondas de calor, melhorando o atendimento aos idosos, moradores de rua, pobres e crianças.
O relatório pede avanços na gestão e restauração de hábitat da vida selvagem, ajudando a proteger as espécies do calor, sugerindo a implementação de um sombreamento de riachos pela vegetação ciliar, ajudando a manter as águas frias e a proteger os peixes.
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